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Cidadania ativa sustenta famílias

2017-06-20

São duas instituições de cariz solidário que fazem de Quarteira um exemplo de cidadania. O Centro Paroquial de Quarteira e a Fundação António Aleixo são responsáveis pela distribuição diária de um total de cerca de 300 refeições, que garantem o sustento a várias dezenas de famílias da Freguesia. Durante todo o ano.

Fundação António Aleixo
“Não há dias especiais. São todos iguais”
A expressão é de Marta Nastase, 56 anos, cozinheira na Fundação António Aleixo (FAA) e traduz a dedicação das equipas desta instituição em prol das 40 famílias a quem prestam ajuda alimentar.
Por dia são 90 as refeições distribuídas pela cantina da Fundação, que só fecha portas três dias por ano: 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e no domingo de Páscoa.

A funcionar com duas cozinheiras e duas colaboradoras, a cantina é complementada por um Banco Alimentar, que distribui mensalmente cabazes sociais a 47 famílias. Provenientes do Banco Alimentar (BA) do Algarve e de um hipermercado, os alimentos secos e alguns frescos beneficiam 150 pessoas carenciadas.
“De acordo com a respetiva situação económica, as famílias são encaminhadas para a cantina social ou para o banco alimentar”, explica a técnica de serviço social da Fundação, Ana Clara Coelho, que reconhece nem sempre ser fácil aos agregados familiares, revelarem a necessidade desta ajuda.

“Temos pessoas para quem o recurso à cantina seria a melhor solução, mas optam pelo banco alimentar em detrimento de uma alimentação mais equilibrada, pois têm vergonha”, refere a responsável.
As refeições da cantina social são distribuídas de 2ª a 6ª-feira das 12h30 às 13h30. Aos sábados, domingos e feriados a recolha pode ser feita durante uma hora a partir das 11h50. Cada refeição tem um valor que varia entre o custo zero e um euro, de acordo com os rendimentos de cada beneficiário.

A par destas respostas sociais, que incluem ainda um banco alimentar infantil no âmbito do qual são doados produtos de higiene e alimentos, a FAA atende ainda situações pontuais que chegam através do Centro de Saúde, dos serviços de Ação Social da Câmara Municipal de Loulé e da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Quarteira.
“São casos que por vezes requerem ajuda alimentar, por isso temos sempre cabazes preparados para entrega imediata”, esclarece Ana Clara Coelho, para salientar que o número de carenciados acompanha a sazonalidade do emprego em Quarteira. “Durante o inverno há mais pessoas a requer ajuda”, revela.


Centro Paroquial de Quarteira
“A melhor coisa que tenho na vida”
Maria Fernanda Reis conhece bem o valor da ajuda alimentar. Ex-utente do Centro Paroquial de Quarteira (CPQ), é atualmente uma das cozinheiras responsável pelas 100 refeições servidas diariamente no refeitório e pelas outras 100 entregues ao domicílio.
“Estou muito grata por trabalhar aqui há já 15 anos pois, para além de ajudar a minha família, ajudo os outros, que é a melhor coisa que tenho na vida. Gosto de cozinhar para aqueles que precisam, como eu precisei”, revela.

Criada em junho de 1995, a resposta social oferecida pelo CPQ integra o refeitório e a cantina social que oferecem refeições de segunda a sábado, a partir das 12h30, com alimentos provenientes dos supermercados locais e do BA do Algarve.
“Temos o apoio da Junta de Freguesia de Quarteira e da Câmara Municipal de Loulé, bem como acordos com a Segurança Social. Sem estes apoios não conseguíamos manter o espaço em funcionamento pois as refeições são a custo zero”, explica António Gonçalves, diretor do CPQ, que proporciona ainda balneários, vestuário e produtos de higiene a quem necessita.
O que falta em recursos sobra em boa vontade. Maria Moisés, 60 anos, é voluntária e junta-se com frequência às cozinheiras do Centro: “Ajudo a fazer tudo. Sinto-me muito feliz porque ao ajudar também sou ajudada”, confessa.

Uma das pioneiras da obra solidária, Lurdes Lopes, 63 anos, também não pensa parar tão cedo: “Sou feliz aqui, porque somos uma família. Passo mais tempo aqui do que em casa”, garante. E já lá vão 22 anos a trabalhar como cozinheira.
Um espírito de missão que, observa o padre José Campôa, presidente do CPQ, vai dando continuidade e força a este projeto social.
“O refeitório e a cantina constituem um grande contributo, não apenas às pessoas de Quarteira mas também a todas as que por aqui passam”, salienta o pároco, sublinhando nem sempre ser fácil gerir as dificuldades inerentes a uma intervenção deste género.

“Às vezes a questão financeira não é a que gostaríamos para poder dar cobertura a tudo o que nos pedem, mas vamos fazendo os possíveis, pois o essencial é o fazer bem e o estar atento às necessidades sociais nesta terra”, admite o Padre Campôa, que deixa o apelo à participação de mais cidadãos neste projeto social.


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